7 de janeiro de 2013

Cadáver Muito Esquisito

Fervoroso compêndio das emoções, estaco solene.
Sou e estou. Faço e aconteço. Já não sei saber a azul.
Pintei os sonhos que comprei na mercearia ontem, onde tudo aconteceu, o véu caiu, as máscaras desapareceram, amor e...
Os produtos foram colocados em saldo e os teus porquês sem ideia, não os entendo.
Não entendo a promoção que fazes dos dias que te retiras a ti própria de mim.
Ai caramba. Caramba pá! Bolas, raios e coriscos.
Perco-me novamente por entre arcos sem fim, até que no reflexo reencontro o início dos tempos.
Então eles foram pelas ruas, parando e queimando aqui e acolá, alheios aos olhares curiosos que plantas no meu ardente contemplar-te.
Hoje sinto-me fora de ti, esperneando pelas ruas da distância morna, quente húmida.
Desejo-me ardentemente. Quero-me percorrer o corpo com carícias de alma.
Mas nas profundezas do ser, da alma, a vida estava turva e eles procuravam limpar com o detergente que te atiro sujando-te a roupa salpicadamente
E como quem enfim se rasga na voz, inquiro-te: porque nos boicotas assim? Sim! Assim assado!
Há pedaços de som que se mastiga, por entre o dedilhar da guitarra, esquecendo o café que combinara com o engenheiro na noite anterior.
Mas o que importa é hoje, agora. E agora neste momento, quem traduz tudo o que escrevemos?

Carina, Patrícia, Roger, Ronan
Tejo Bar - 2013

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